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Inferno, mas conhecido como 4º álbum de Estúdio do Lacrimosa, ou mais recentemente o primeiro da segunda Trilogia (adorando escrever isso, Trilogia), chega em 1995, após o Satura e com isso muitas mudanças na sonoridade da banda. A incorporação de novos instrumentos, mesclado com a entrada de Anne Nurmi nos teclados, trouxeram uma nova identidade ao Lacrimosa, porém sem perder a sua essência.
Aqui também tivemos a introdução de músicas cantadas em inglês, algo que não havia sido abordado nos álbuns anteriores além de incorporar arranjos sinfônicos dentro de seu metal gótico sendo esta uma agradável surpresa para os fãs da banda e claro que trouxe novos ouvintes.
''Com o Inferno, você tem a oportunidade de simplesmente fechar os olhos e deixar a música levá-lo aonde quiser. Nesta ocasião, qualquer melodia do violão que se misture com os teclados orquestrais garante que o fator surpresa, mais do que emocional, nunca se perca. Quando chega a vez de Wolff vocalizar e falar com uma indiferença espetacular, as bolas mudam e nos concentramos mais na androginia de um homem que sente ao mesmo tempo uma máquina e um ser humano. Esse toque de rancor e tristeza cobre as sinfonias e coros que ressoam até se perderem no espaço sideral de uma propriedade surpreendente, uma nuvem extensa que cobre o céu e não se espalha até que a música termine. É o apagão inesperado do sol e a entrada triunfal dos pensamentos mais rejeitáveis que todo ser humano é capaz de abrigar''. (El Portal Del Metal)
Agora falando das músicas: Lacrimosa Theme, será que Tilo realmente pensava que essa faixa, acompanharia o Lacrimosa em todos os shows a partir dali? Kabbinett Der Sinne é aquela autêntica introdução, aquele ar de mistério que encobre todo o ambiente. A versão de estúdio é ótima, mas até hoje me arrepio com ela na versão de 2000 do Live History, e uma das mais gratas surpresas que eu já tive, é o Medley no Lichtjahre de 2007.
Versiegelt Glanzumstromt com suas duas partes, é uma das músicas mais lindas que eu vejo do Lacrimosa, a incorporação de violão traz um sentimento especial para a canção, ''...um belo duelo entre o violão e a orquestra e que na segunda parte quebra com a entrada da bateria e guitarras elétricas com alguns riffs muito poderosos onde tudo funciona maravilhosamente, a voz sentimental de Tilo, os teclados de Anne, a orquestra sinfônica e todos os outros elementos para nos dar um final emocionante, cheio de sentimento, maravilhoso assunto''. (The Dark Melody).
Após sua primeira participação no Single Schakal, Anne Nurmi aparece mais ativamente em No Blind eyes Can See, primeira canção cantada em inglês do Lacrimosa e do Álbum, uma atmosfera que veríamos muitas vezes ainda ao longo dos anos.
Enter, espaço, parágrafo letra maiúscula: Chegamos a faixa Schakal (minha favorita, e de muitos), para falar de Schakal, precisamos voltar um pouco em 1994, onde a música foi lançada em duas versões: Edit Version e Piano Version, o duo apresentado entre Tilo e Anne foi o marco de uma mudança na sonoridade do Lacrimosa, e o que iríamos esperar do novo Álbum (Falando como se estivesse lá em 1994), já no Inferno, fomos agraciados em 10:13 de puro sentimento, um dos maiores hinos da banda hoje, um tema épico e surpreendente, carregado de drama em uma atuação soberba de Tilo Wolff , onde ele desnuda todos os seus sentimentos e nos entrega um refrão majestoso auxiliado por aquela música comovente e depressiva.
Enter, espaço, parágrafo letra maiúscula e voltamos as trabalhos normais, com a belíssima Vermachtnis Der Sonne, uma música mais simples, aquelas que te acalmam um pouco para o final estrondoso desse álbum com Copycat, e aqui é ''Rock BB'', uma bateria simplesmente brutal e onde Tilo mostra um lado mais violento com sua voz, tema mais conhecido da banda, mesmo por quem não segue a banda muito de perto. E para fechar 14:03 que você simplesmente não vê passar, com Der Kelck Des Lebens o Lacrimosa se consagra.
Inferno é mais do que um álbum importante. Mais do que um começo reconfortante para o que LACRIMOSA lançará em seus próximos quatro álbuns, esse trabalho tem um conceito e uma vida tão próprias que se destaca por si só e brilha tanto que é impossível não falar disso como o triunfo do Lacrimosa.
Nosso seguidor Rodrigo, é um fã natural do álbum: ''Adoro toda a discografia do Lacrimosa, não tem um único disco da banda que eu não admire, mas com toda certeza meu preferido ainda é o Inferno. Desde a primeira vez que o escutei até hoje é o meu xodó''.
E para isso, chamamos a nossa querida Andreza, para falar um pouco mais sobre o Inferno, que é seu álbum favorito do Lacrimosa:
Fonte: The Dark Melody , Prog Archives , El Portal Del Metal
Esse disco é tão incrível que até mesmo a introdução conseguiu se tornar um clássico do qual continua sendo tocada até hoje em todos os shows, e que para mim é uma das músicas mais sombrias da história.
ResponderExcluirKabinett der Sinne é a perfeita amostra de como as bandas podem (e devem) extrapolar sem dó nas melodias das guitarras. E a Der Kelch Des Lebens é a finalização que poderia existir unindo refrão grudento, peso extremo e chuva de notas em cima dos teclados que limpam a alma do ouvinte.
Do Doom ao Gothic Metal sem perder errar a mão em nenhum segundo sequer.
Faltam palavras para descrever esse álbum! Do início ao fim um clássico. Como os amigos Lord Lacrimosa e Andreza eu tenho um carinho especial pela faixa Schakal... e esse carinho meio que se espalha para as músicas anteriores e posteriores. Desde as mais complexas como Kabinett ou Der Kelch Des Lebens até a Intro não há como não captar beleza e sentimento em cada uma. Não é exagero chamar Inferno de clássico.
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